
- Acho que ninguém nunca conseguiu mostrar e nem falar o que de fato é esse vínculo. Olho para o Vittorio e penso o quanto ele depende de mim. Nada que falaram até hoje chega perto do que de fato é ser mãe. É uma sensação de paz, de vida completa. Sou mais feliz por causa do Vittorio. Ser mãe é ver o coração bater fora do corpo.
- Com quem ele parece?
- Ele é o Alê, se desenhar um cavanhaque, ele vira o Lelezinho. (risos) Ele muda rápido. É um bebê que aos pouquinhos vai começar a mostrar a personalidade e os traços vão ficar mais marcantes. O cabelo dele mudou. A gente não sabe se ele vai ficar loiro ou ruivo.

- Ele é um bebê calmo e tranquilão, dorme a noite inteira. É um relógio para mamar e não posso atrasar. Ouvi tanta gente falando sobre choro e noites mal dormidas, que estava preparada para o terror, mas não passei por isso.
- Acredita que essa calma seja pelo fato de você ter passado o final da gravidez no spa?
- Até onde isso é teoria eu não sei. Só sei que na prática funcionou. Já o levei para o spa e ele adorou. Lá o ar é puro e fresco, há plantas, bichos. Ele fica no gramado. Em São Paulo, ele ainda não andou. Só o levei até o pediatra.
- O que planeja para ele?
- Tenho medo de transferir as minhas paixões para ele. Ele terá sua personalidade, fará suas escolhas e respeitarei. Mas levá-lo para a Disney é uma vontade que eu tenho. O aniversário dele de 1 ano será lá. Também quero levá-lo à praia, quero que ele enxergue o meu cachorro, Jorge. Sei que vou brincar muito com o meu filho e entrar nas fantasias dele.
- Sonhava ser mãe?
- Sempre quis, mas não achei que fosse acontecer, pois eu não tinha a segurança de um homem ao meu lado. Não queria ser mãe de qualquer maneira e não me arrependo disso. Queria muito um filho, pois venho de uma família muito pequena, mas queria construir uma família com alguém em quem eu pudesse confiar e que desejasse ser pai o tanto quanto eu queria ser mãe. Hoje vejo a importância do pai, o papel do homem na casa. Alê está em Manaus a trabalho, mas liga o tempo todo para saber se Vittorio está bem. Ele é muito participativo e troca fralda melhor do que eu.

- Não tenho a menor dúvida. Assim como eu acho que um filho pode destruir uma relação, ele pode contruir um lar harmonioso, cheio de amor e paixão. Para isso o casal tem de estar maduro.
- Planeja ter mais filhos?
- É ainda tudo muito recente. Estou curtindo tanto o Vittorio que não tenho pensado em outro filho por enquanto.
- Que valores aprendeu que pretende passar para o Vittorio?
- A base de tudo é educação, limites e, principalmente, o respeito. Tive uma educação que me faltou tudo, menos amor. Vittorio tem tudo e para ele valorizar o que tem, é necessário mostrar as diferenças, o senso de responsabilidade, mas o que eu mais prezo é tentar criá-lo em um universo sem preconceito.