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24 de nov. de 2010

Tecnologia - Leitores eletrônicos

Um simples e-reader é capaz de armazenar 2 GB ou até 1,5 mil livros. Para saber se essa troca vale realmente à pena -- e quais os melhores modelos para essa substituição --, o UOL Tecnologia testou portáteis que funcionam como leitores digitais. Foram eles: Apple iPad, Amazon Kindle 2, Positivo Alfa e o Samsung GalaxyTAB (que não está nesta foto). Veja as impressões sobre cada um deles.

Em linhas gerais, esse tipo de equipamento tem como principais características a economia de espaço, a facilidade da compra de conteúdo e a portabilidade -- além de leve, os leitores cabem facilmente em uma bolsa feminina e, em alguns casos, até no bolso das calças jeans. Além disso, o preço de um livro no formato eletrônico, segundo as livrarias, custa de 20% a 30% menos que o produto convencional.

Os e-readers ainda são pouco populares no Brasil. A comercialização começou em outubro de 2009, com o início da venda do Kindle via importação. Em média, com o valor do câmbio, o aparelho saía por volta de R$ 1.000. Hoje, é possível comprá-lo por cerca de R$ 330. Para saber se essa troca do papel pelo aparelho vale à pena, o UOL Tecnologia testou os portáteis Apple iPad, Amazon Kindle 2, Positivo Alfa e o Samsung GalaxyTAB (que não está na foto)

Como leitor de textos eletrônicos, o Samsung GalaxyTAB tem desempenho ruim, se comparado com os concorrentes. Sua tela de 7 polegadas quase nunca permite que o usuário veja as fontes em tamanho agradável aos olhos. Ao aumentar as letras de um livro de contos de Machado de Assis em PDF, por exemplo, as páginas não aparecem inteiras e é necessário arrastá-las para cá e para lá -- só assim é possível concluir a leitura.

Quando o conteúdo já está previamente formatado para o equipamento -- como ocorre quando se acessa o assistente de mídia do Samsung GalaxyTAB, que conta com jornais, livros e as revistas, prontos para serem lidos e baixados -- a situação melhora. A página normalmente redimensiona de acordo com a tela, não importando o tamanho das letras. A leitura torna-se quase (veja bem, quase) agradável. Ainda é melhor ler um livro em papel e tinta.

O GalaxyTAB vem com dicionários de português e de espanhol, mas não é fácil acessá-los enquanto se lê algum livro. É necessário alternar programas e "janelas", como ocorre em um computador tradicional.

Para incluir livros no Samsung GalaxyTAB, deve-se baixá-los via web. Há um aplicativo no tablet chamado "Livros Digitais", que leva o usuário a uma página da Samsung que aponta para os principais repositórios de e-books grátis. Então, basta clicar nos nomes das obras e baixá-las. Nos testes, foram adquiridos itens nos formatos ".txt" e ".pdf". Há a possibilidade de o sistema operacional Android, do aparelho, ler arquivos ePub.

Se você é um usuário que usa com frequência redes sociais e a maioria dos livros que lê é em inglês, o Amazon Kindle 2 com conexão 3G (da foto; ou qualquer um dos modelos mais novos da empresa) é ideal para o seu perfil.

Um dos grandes trunfos do Amazon Kindle é a vasta disponibilidade de títulos em língua inglesa -- são mais de 500 mil. Sem contar a possibilidade de acesso a jornais como "The Washington Post" ou revistas como "Forbes" e "Times", disponíveis para download mediante pagamento de uma taxa mensal.

O que chama atenção no Kindle é a tela de e-ink (tinta eletrônica), que não cansa a vista, como se o usuário estivesse lendo um papel. A interface amigável e acesso à Amazon via internet 3G são outros destaques: essa conexão restrita à loja virtual não exige que o usuário contrate o serviço de uma operadora de telefonia. O Kindle 2 (foto) vem com 2 GB, capaz de armazenar 1.500 livros, e não suporta cartões de expansão.

O Positivo Alfa Wi-Fi é o segundo leitor eletrônico lançado pela empresa no país. A única diferença entre as duas versões é que o segundo modelo oferece conexão à internet via Wi-Fi. De resto, as especificações são as mesmas: 17 cm de altura, 12,4 cm de largura e 240 gramas. O leitor de e-books branco e preto tem memória interna de 2 GB, suficiente para 1.500 livros, que pode ser expansível com cartão micro SD para até 16 GB.

A aquisição de títulos para o Positivo Alfa pode ser feita, basicamente, conectando-o na porta USB do computador ou via Wi-Fi -- no browser, já há link direto para a Livraria Cultura, Livraria Saraiva e o site de compras Submarino (o Kindle, por outro lado, tem pouco conteúdo em português). Na conexão via USB, o funcionamento é como o de um pendrive: basta arrastar os arquivos do PC nos formatos ePub, PDF, HTMLe TXT para o Alfa.

A tela de e-ink (papel eletrônico) de seis polegadas do Positivo Alfa é bem confortável para leitura, mesmo para publicações mais longas. Uma das principais vantagens do material é não cansar a vista do usuário, pois o equipamento não emite tanta luz nos olhos como as telas coloridas de tablets. Sem contar que, mesmo em um local iluminado, a tela não reflete a luz ambiente.

O usuário que quiser adquirir o Positivo Alfa não deve esperar um grande desempenho de processamento ou rapidez ao executar comandos no leitor eletronico -- o equipamento é apenas uma interface para ler livros. Com o diferencial que ele permite efetuar pesquisas na publicação, consultar o significado de palavras e acessar a internet (para fazer pesquisas no Google e na Wikipédia, por exemplo).

O iPad, da Apple, mudou o mercado de dispositivos móveis. Após o início de sua comercialização, concorrentes resolveram fazer um tablet para concorrer com o gadget que, segundo pesquisas, já afeta consideravelmente o mercado de netbooks. No entanto, como e-reader, o festejado portátil da Apple -- que deve ser lançado na próxima semana no Brasil -- acaba perdendo para os concorrentes por três fatores: peso, tamanho e tela.

O iPad pesa 730 gramas na versão 3G. Após segurá-lo por mais de 15 minutos, o braço começa a apresentar sinais de cansaço. A posição mais confortável para leitura é apoiada no colo ou envolvendo-o com o braço (como se o usuário segurasse um caderno). O ponto positivo é exibição de conteúdo colorido.

O tablet da Apple conta com milhares de aplicativos da iTunes Store que oferecem conteúdo informativo (livros, jornais, revistas). Outro ponto interessante: usuários que já tenham comprado livros para o Kindle podem baixar o aplicativo da Amazon e visualizar em cores as mesmas páginas apresentadas em preto e branco no leitor concorrente -- caso de fotos exibidas em livros, por exemplo.

O iPad pode não ser o melhor leitor de livros eletrônicos. Porém, em outras funções ele manda muito bem: toca música, roda vídeos, navega na web (sem vídeos em flash, é verdade), dá acesso a redes sociais e tem vários jogos disponíveis na iTunes Store. Se você gosta tanto de ler quanto de todas essas outras atividades, talvez esse seja o seu leitor eletrônico.


Tecnologia - 24/11/2010