- A Eliza está viva em São Paulo. Está acabando com a minha vida e eu estou sofrendo muito por isso - disse o jogador, que está preso desde julho por causa do episódio.
Nos últimos meses, Bruno se recusou a prestar depoimento à polícia, com a promessa de falar apenas em juízo. O depoimento do jogador à Justiça está marcado para a primeira semana de novembro.
Presente na audiência em Esmeraldas, o amigo do atleta e também acusado de envolvimento com o desaparecimento da modelo, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, repetiu as palavras do colega:
- Ela (Eliza Samudio) falou que ia acabar com a vida do Bruno, mas tá acabando com a vida de nove pessoas. Eu só queria que ela aparecesse. Ela sabe que ela tá viva, todo mundo sabe. A polícia procura ela morta, mas ela tá viva - afirmou, chorando.
Quatro funcionários do condomínio onde fica o sítio de Bruno e que foram arroladas como testemunhas de defesa dos réus prestaram depoimento na audiência, por meio de carta precatória emitida pela juíza do Tribunal do Júri de Contagem, Marixa Fabiane, que preside o processo. Bruno disse que não mataria Samudio por ter sido pressionado a assumir a paternidade do filho que ela dizia ser dele. E afirmou também que está disposto a cuidar da criança, de a Justiça confirmar que ele é o pai.
- As pessoas que me conhecem sabem da minha índole, do homem que eu sou. Eu tenho duas filhas. Se essa criança realmente for minha, onde come um, come dois, come três. Eu vou amá-la do mesmo jeito que eu amo minhas filhas - disse.
O advogado da família Samudio, José Arteiro Lima reagiu às declarações dos dois réus no processo e atacou o advogado de Bruno, Ércio Quaresma.
- O homem que é assassino, para mentir, não custa nada. Para inventar, não custa nada. Ele (Bruno) é um colega do Quaresma, eles são pai e filho - disse, em referência a outra declaração do goleiro, que elogiou Quaresma na época em que o advogado era acusado de estar ameaçando a família do jogador.
Bruno disse que espera ser inocentado e, no fim do processo, pensa em voltar aos campos.
- Quero voltar a jogar futebol. A Justiça dos homens pode falhar, mas Deus está lá em cima vendo tudo. A dele não falha, não - afirmou.
Além do goleiro e de Macarrão, participaram da audiência outros sete réus no processo, entre eles o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, a mulher de Bruno, Dayanne de Souza e o primo Sérgio Rosa Sales. Para a polícia, o depoimento de Sales é considerado umas das principais peças de acusação contra os acusados.
Noticias de Agora - 09/11/2010
