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17 de nov. de 2010

Em depoimento no Rio, suposta noiva de Bruno reforça denúncia contra advogado do goleiro


17/11/2010 - 16h53 | do UOL Notícias

Daniel Milazzo
Especial para o UOL Notícias
No Rio de Janeiro
Atualizado em: 17/11/2010 - 17h32
A primeira testemunha a depor na tarde desta quarta-feira (17) em audiência sobre o desaparecimento de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Souza, no Rio de Janeiro, foi a dentista Ingrid de Oliveira, que se apresenta como noiva de Bruno.

Ingrid confirmou depoimento que deu no último dia 14 de outubro ao Ministério Público de Minas Gerais, no qual ela dizia ter sido intimidada pelo advogado do goleiro, Ércio Quaresma. Na ocasião, a testemunha gravou uma conversa com o defensor na qual ele a ameaça –o vídeo foi divulgado no programa “Fantástico”, da TV Globo. Dias depois, Quaresma afirmou que a jovem atrapalha a defesa do goleiro.

Ainda durante seu depoimento de hoje, Ingrid disse que visitou Bruno entre oito e nove vezes desde que ele está preso. Ela disse que tentou convencê-lo a se desligar do advogado, sem sucesso. O goleiro teria falado para ela não bater de frente com Quaresma porque ele era "louco". Nestas visitas, o goleiro teria dito ainda que tinha esperança que Eliza estivesse viva, afirmou Ingrid.

Outra testemunha ouvida hoje foi Fábio José Moraes, que trabalha no flat Transamérica, no Rio, onde Eliza ficou hospedada em maio deste ano. Segundo Fábio, Eliza ligou para ele no dia 4 ou 5 de junho dizendo que estava na casa de amigas e ia viajar para São Paulo. No mesmo telefonema, ela autorizava Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de Bruno, a passar no flat e recolher seus pertences. Fábio disse que Eliza saiu do flat antes do fim do contrato estipulado.

Também falaram hoje a amiga de Eliza, Milena Barone, e o delegado titular da Divisão de Homicídios do Rio, Felipe Ettore. Mais duas testemunhas ainda serão ouvidas hoje. Os réus do caso não estão na audiência.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), as testemunhas foram convocadas através de carta precatória e os depoimentos serão encaminhados à Justiça de Minas Gerais, onde corre o processo.

A juíza Marixa Fabiane, do 1º Tribunal de Júri de Contagem (MG), concluiu na última sexta-feira (12) a oitiva dos réus. No entanto, algumas testemunhas ainda têm de ser ouvidas. Fabiane só decidirá em dezembro se –e quais– os réus irão a júri popular.

Em agosto, a Justiça mineira aceitou denúncia oferecida pelo Ministério Público contra Bruno e outros oito envolvidos no desaparecimento e suposta morte de Eliza. Além do goleiro, os demais acusados são: Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de Bruno; Sérgio Rosa Sales, primo do atleta; Dayanne Souza, ex-mulher dele; Elenilson Vítor da Silva, ex-administrador do sítio de Bruno em Esmeraldas (MG); Fernanda Gomes de Castro, ex-amante do goleiro; Wemerson Marques, ex-funcionário de Bruno; Flávio Caetano, outro ex-funcionário; e Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, ex-policial civil.


Os réus respondem pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menor. Apontado pela polícia como o assassino de Eliza, Marcos Aparecido dos Santos responderá por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Outro suspeito no caso é o menor J., primo do goleiro, que recebeu medida socioeducativa aplicada pelo juiz da Vara da Infância e Juventude de Contagem (MG). Os réus negam as acusações. 

Noticias de Agora - 17/11/2010