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11 de nov. de 2010

Baleia salva de encalhe é reencontrada com vida pela 1ª vez no Brasil


Baleia reavistada em Abrolhos (BA) em 2008, oito anos depois de ter encalhado em Ubatuba (SP) 

Diego Salmen
Do UOL Notícias
Em São Paulo

Uma baleia jubarte que encalhou no ano 2000 em Ubatuba, litoral de São Paulo, foi reencontrada oito anos depois em Abrolhos, no litoral da Bahia. É a primeira vez que um animal salvo do encalhe é reavistado no Brasil. A identidade da baleia foi confirmada após análise de material genético, feita durante dois anos pelo Instituto Baleia Jubarte.

Nas duas ocasiões em que foi avistado, o animal, um macho, teve pedaços de sua pele retirados para estudos de DNA. Também foram comparadas fotos das nadadeiras do animal. "A nadadeira caudal da baleia é uma impressão digital. Não existem duas iguais", explica Hugo Gallo, diretor do Aquário de Ubatuba, responsável pela operação de resgate da baleia em 2000.

Neste ano, 95 baleias jubarte encalharam no litoral brasileiro; dessas, nove encalharam vivas, das quais apenas uma foi salva. Em 2009, 30 animais da espécie encalharam em todo o Brasil, segundo o Instituto Baleia Jubarte. O recorde anterior é de 2007, quando foram registrados 43 encalhes.

Aumento do encalhe
O número é considerado alto e "preocupante" pelos pesquisadores, mas reflete uma tendência observada em países como Argentina e Austrália. "Nós estamos tentando investigar se é uma coisa global ou não", afirma Milton Marcondes, pesquisador do instituto.

"O encalhe pode ser causado pela fuga de predadores, choque com navios e doenças que desorientam os animais", afirma Gallo. "Há relatos de que os abalos sísmicos causados na prospecção de petróleo também podem influir", diz.

Os especialistas da área trabalham com duas hipóteses para o aumento no número de encalhes. "Pode ser falta de alimento, causada por mudança climática. O animal mal nutrido está mais sujeito a doenças", diz Marcondes. "Ou surgimento de agente patólogico, vírus ou bactéria que possa ter atacado essas populações", afirma.

Noticias de Agora - 11/11/2010